Vou plantar milho na China
E vou me socializar com o capitalismo
Preciso de paz e de poucas contradições
Preciso ser eu ao ler Gisele
E ouvir Buarque na leitura da Constituição
Pois quando voltar desse exílio voluntario irei a São Paulo dizer poucas e boas para o presidente
Tirarei a faixa que cobre os olhos cegos da Justiça
E com um poucos amigos, irei no bar
Pra só depois botar fogo em Brasilia.
Espero que as mudanças que estão a caminha para a humanidade sejam ensinativas
Não quero a morte de inocentes, mas sei que só através das mudanças podemos evoluir
Mas do que adianta evoluir se o mesmo rancor e ódio permanecer em nos
Por isso proclamado uma chamada a dregração
Desta vez não só uma luz iluminará o ocidente, agora sim todas as luzes iluminarão os cientes do oriente.
Momentaneamente estou pensando o que mudar
O cabelo?
O corpo?
Os gestos?
Mudo tudo logo. Nunca fiz mudanças bruscas.
E como evolucionista tenho que tornar meu próprio corpo cobaia de experiências.
Então vamos modificar, vamos evoluir e transformar o pensamento
Está na hora de evoluir e surgir um homem, está na hora de revoluir e surgir a eterna criança.
Necessito de mudanças bruscas
Cheguei a idade romântica
A idéia de decidir morrer
Mas espere. Romantismo é passado, ninguém mais morre de amor por ninguém
Nem eu mesmo quero morrer de amor, prefiro viver.
Vivendo posso aproveitar de meu amor
Me carregue da cidade e me leve pra onde o sol não me vê
Não quero ficar no escuro, mas sei que preciso sentir saudades de coisas essenciais
Começo pelo sol… Europa 3 meses e 2 dias
Não entenderei muito o mundo, nem mesmo agora que estou a fim de acabar. Meus sonhos se foram, meus amigos também. Alguns morreram, alguns casaram, alguns viraram gays, alguns viraram heteros. Meus parentes foram para a Lua, meu cachorro me deixou para viver com a vizinha, minha planta sem nome adoece comigo: acho que morrerá no mesmo dia. Minhas fotos queimaram, meus vinis perderam o som, minha tecnocracia falhou e meu robô tentou suicídio. Meus olhos cansaram, mas meu cabelo não embranqueceu…Minha noiva morreu e meu país exilou-se por completo. Bom, sei que não haverá choro nem velas, ninguém as trará, mas despido-me agora para não ocasionar preocupações tardeis. Enfim adeus! Deixo 5 centavos para o pão e uma abraço para Mariane.
Sem mais.
Ano de dois mil e nove, século vinte e um, da Era Cristã.
A hipocrisia me mata e me faz dizer algo que não sou. Sinto-me bipolar, tri polar, sinto-me fora de mim. Como se quisesse sumir do que está ao alcance dos meus olhos ou unir-se a eles, só para fazer parte de um todo. Conto-lhe detalhes da vida triste de um humano. Porém, conto-lhe mais alegremente, detalhes da vida de uma estrela.
Manuela não tinha sonho
Nasceu e cresceu pobre
Viveu uma vida difícil e mal amada
Por fim cresceu
Cresceu sem saber o que é crescer
Ficou sem saber se teve infância
Ou sem saber se a velhice estava próxima
Deu seu primeiro passo a rua
Deu seu primeiro passo ao mundo
Não sabia se aquela luz era sol ou era a luz que tanto falavam na TV
Teve medo, pois sabia que nem toda luz é boa
Se esvairou, virou e viu uma estrada do lado oposto
Não sabia se seguia lá, não sabia pra onde ela dará
Resolveu seguir a luz
Mas parou, pensou e voltou para casa
Hoje não era um bom dia para morrer
Ah ah perdi minha menina, perdi minha menina
Vai-se embora para tão longe, tão longe
Aperta-me o coração menina ao saber de tua partida
E eu que pensava partir bem antes de ti
Estou agora lhe dando adeus
Não lhe corro atrás nem choro por tua andança
Vais com um rapaz feliz e bom
Deixo-a em boas mãos, não as minhas como queria
Mas quem sabe se minhas mãos seriam melhores do que as dele
Por mim, ainda carrego dúvidas
Estas, criações de minha mente que aliviam meu lado pesante
Foi-se sem me beijar, foi-se sem a ter nas mãos
Mas não se preocupes menina
Fico bem, o que passo hoje passarei mais por cem
Pois daqui já se contam mil dessas histórias
Ah ah minha menina perdi, minha menina perdi
Vai-se embora para tão longe, tão longe
Fará agora não mais parte de meu coração
Mas das mil histórias que já contei por aqui.
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A felicidade só é real quando compartilhada 